Provocações da Vogue
- Hélio Aguiar
- 22 de jul.
- 2 min de leitura
"As Fashionistas precisam de um divã?"
Elas são diferenciadas, exêntricas, são olhadas com muita admiração no meio da multidão. Elas tem uma filosofia de vida diferente, que é o mundo Fashion, são tratadas como um quadro a ser pintado, elas às vezes vestem roupas que não estão no repertório delas, elas são como um quadro em branco, mas vivas, não é uma natureza morta. Elas no íntimo particular de cada uma tem suas roupas preferidas, elas não são elas, são atrizes das passarelas, seus corpos e belezas são apreciados e também desejantes. Não sei se elas tem a cultura de serem leitoras de bons romances, ou só estão consumindo artigos de moda, o que não é nada de mal também, pois elas fazem parte dessa tribo que é um tanto para frente e futurista, e os estilistas quebrando os tabus do superego da sociade normativa, que quebram também os tabus dos "corpos dóceis", segundo a teoria de Foucault, corpos dóceis é um termo usado por Foucault, ele critica os "corpos dóceis" que são tudo que está na moral vigente da sociedade, ele vai contra a tudo que o status quo da sociedade exige de cada indivíduo. Então, essa tribo está dentro desse contexto, assim como a sétima arte tem a liberdade de se emancipar dos “corpos dóceis”. Talvez aí entre a questão da filosofia de vida de cada modelo, de cada fashionista, mesmo as que não estão nas passarelas, mas aquelas que a gente vê e é diferenciada numa Avenida Paulista por exemplo.
As diferenciadas, as que se preocupam com o corpo e as calças jeans desbotadas, as botas que colocam elas num modo de vestir que aguçam os olhares alheios. Ser diferente é ir além dos horizontes e, olhando pelo lado sócio histórico cultural, nem todas nasceram no berço da moda, é algo novo, que exige um pouco de esforço e adaptação para algumas. Talvez aí, entra a provocação da revista Vogue que começa o texto, “As Fashionistas precisam de um divã?" Mas é claro que precisam! Pois nem todas elas entra no contexto que vivenciaram sob a ótica da psicologia sócio histórico cultural. Como citei antes, nem todas elas nasceram no mundo Fashion, no berço como vemos muitas por aí, então é preciso entrar nesse campo uma linha da psicologia que trate dessa questão, que são tantas. Hoje nas passarelas a diversidade é grande, e cada uma tem seus questionamentos sobre si mesmas. É nesse ponto que talvez quase todas elas tem seu CID., o que é completamente normal nos dias atuais. As modelos são múltiplas, multifacetadas. Quem são vocês Fashionistas das passarelas no divã?
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